quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Amigos e amigas podem já começar a fazer fila indiana para os autógrafos!!! ;p
Em breve teremos o meu primeiro livro disponível. Irei organizar várias festas de lançamento em locais como Milheirós de Poiares, São João da Madeira, Ovar, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, Castelo de Paiva, Porto, Lisboa e Grândola!

Para alimentar um pouco mais a expectativa, publico em baixo um pequeno excerto de um dos capítulos.
Por favor comentem! :)



Este capítulo tinha que ser contado de forma isolada.
Há experiências que temos e que têm de ser partilhadas.
Toda esta viagem estava a ser atribulada e mística à sua maneira,
como tudo na India.
Para que não bastasse,
o meu amigo taxista que falava em Hindi comigo
como se eu o compreendesse muito bem,
apercebeu-se que faltava gasolina
e que teria que parar numa estação de abastecimento
logo que encontrasse uma.
Assim foi.
Na India deserta passamos centenas de quilómetros
sem encontrar pessoas ou edifícios
e, de repente,
podemos ter a sorte de encontrar uma barraca
à beira da estrada
feita de chapas
ou de tijolos e cimento se já for uma grande construção.
Ao avistarmos uma bomba de gasolina ao longe,
o meu taxista ficou todo contente.
Senti que aquilo poderia ser bom e mau ao mesmo tempo.
Porque se ele ficou contente ao encontrar umas bombas de gasolina,
era sinal que estava ansioso por encontrar umas bombas de gasolina,
e isso significa que ele não sabia
se iria encontrar umas bombas de gasolina
antes do depósito terminar...

sem comentários...
acho que me percebem...

Ao estacionar para abastecer, lembrei-me do Massacre no Texas, esse grande clássico do cinema de terror. Penso que já perceberam o porquê desta lembrança.
Ao parar o táxi, o condutor saíu e dirigiu-se ao sítio onde iria pagar e, posteriormente, abastecer. Comecei a ficar preocupado quando o meu taxista se demorou a fazer o pagamento. Estava a demorar para saír do sitio onde entrou. Aquelas bombas de gasolina não tinham propriamente bom aspecto, estávamos na India deserta sem ninguém à nossa volta... e o rapaz demorava-se para efectuar o pagamento...
Comecei a olhar à minha volta a ver se via mais alguém ou algum carro que pudesse passar ali por perto. Após alguns momentos de espera o meu taxista saíu e veio abastecer. - Uufffaaaa... – pensei para mim e respirei fundo. Após o reabastecimento, o meu rapaz voltou a dirigir-se ao sítio de pagamento e voltou a demorar. Achei estranho mas esperei.
Passados alguns minutos saíu e dirigiu-se ao carro, acompanhado de dois indianos consideravelmente gordos e com mau aspecto. Admito que senti medo. O condutor abre a porta, entra no carro e ligou a ignição, mas o motor não pegou. - Upsss...como é?! – pensei eu. O rapaz estava com dificuldade em ligar o carro. Tentou várias vezes e não conseguiu. Comecei a ficar claramente preocupado. Estava na India agreste, perdido, sentado no banco traseiro de um taxi que não funcionava, com um condutor que não falava inglês, numas bombas de gasolina com mau aspecto e com dois indianos gordos e feios que olhavam para mim do lado de fora do táxi...
Respirei fundo e pedi, rezei, implorei à Existência que me tirasse dali o mais rápido possível, aínda tinha que chegar a Puna para conhecer o ashram do meu Mestre. Quando terminei o meu pedido, o motor do táxi ligou-se e o carro começou a funcionar. O taxista meteu a primeira, acelerou e saíu em direcção a Puna.
Obrigado Mestre, obrigado Existência ou seja lá o que for que me tirou dali. Sinto que foi a primeira vez que rezei ou implorei com total fervor na minha vida. E resultou.

Puna estava cada vez mais perto.


Excerto de um capítulo de Viagem com o Mestre por Ananda Yogam.












1 comentário:

  1. As nossas vibrações comunicam tão bem com as vibrações do cosmos...a única 'dificuldade' é mesmo acreditar que somos capazes!
    AbraçOM

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